Durante a gravidez, os médicos que a acompanham fazem uma série de exames que permitem avaliar a condição física e do organismo do bebê. Geralmente, cardiopatias congênitas são detectadas entre a 18ª e a 24ª semana da gestação a partir do ultrassom morfológico. Isso porque o exame deixa à mostra indícios de malformações cardíacas.

Mesmo se o ultrassom morfológico é normal, é essencial o obstetra solicitar o ecocardiograma fetal entre  24 -28 semanas, exame mais específico para a detecção de cardiopatias congênitas já que muitas passam despercebidas pelo ultrassom morfológico. Nele, o especialista em cardiologia fetal pode avaliar a estrutura e o funcionamento do coração do bebê ainda dentro do útero, inclusive avaliando arritmias.

Caso uma cardiopatia complexa for detectada, o coração da criança é monitorado pelo restante da gravidez e é feito uma consulta pré natal de cardiologia para orientar a família e fazer o plano de nascimento do bebe – nessa consulta assuntos como hospital do parto, necessidade de estrutura extra, melhor momento para o parto e via de parto, alinhamento de expectativa com os pais são abordados. Apesar de assustador para os pais, se munir de conhecimento para navegar esse início da vida com cardiopatia congênita ou arritmia é essencial.  Após nascer, ela precisará do atendimento de um pediatra cardiologista,  além de toda a equipe já alinhada na consulta de pré-natal cardiológica.

Além disso, há mais situações ou sinais que aparecem ainda na gravidez e podem indicar a necessidade de cuidados especiais com um cardiologista pediátrico. São eles:

• Hidropsia fetal: acúmulo de líquido em tecidos do feto, algo possivelmente relacionado a insuficiência cardíaca;
• Histórico familiar de cardiopatias congênitas;
• Síndromes genéticas associadas a maior risco de cardiopatias (como Síndrome de Down);
• Condições maternas como lúpus eritematoso sistêmico, diabetes tipo 1 mal controlado ou infecções como rubéola