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Cardiopatias congênitas

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Cardiopatias congênitas

Responsável por bombear sangue rico em oxigênio para todo o corpo, o coração é um órgão vital. Durante o desenvolvimento desse órgão ainda na formação fetal, porém, a estrutura dele pode apresentar alterações.

Isso gera o que se conhece como cardiopatias congênitas: malformações que afetam o funcionamento do coração. Elas podem interferir no fluxo sanguíneo, comprometendo a oxigenação adequada dos tecidos ou o funcionamento correto do coração.

 

Cardiopatias congênitas: o que são e como é o diagnóstico

As cardiopatias congênitas são defeitos estruturais no coração que ocorrem na formação do órgão. Ou seja, são resultado de alterações no desenvolvimento embrionário e estão presentes desde o nascimento. As cardiopatias têm diferentes graus de gravidade, e tudo depende da natureza e da extensão da malformação.

O diagnóstico precoce de uma cardiopatia congênita é essencial para que se possa traçar um plano de tratamento efetivo. Isso frequentemente acontece durante a gestação, por meio do ecocardiograma fetal. Este exame de imagens detalha a anatomia e a função cardíaca, permitindo a detecção de anomalias. Por ser a principal forma de identificar essas condições, esse exame é essencial e recomendado entre 24 e 28 semanas de gestação.

Quando se identifica uma cardiopatia congênita em um bebê durante a gravidez, o médico responsável traça um plano de ação que já começa no pré-natal. Isso inclui um acompanhamento multidisciplinar da criança para planejar, por exemplo, o local de parto mais adequado e definir quais intervenções podem ser necessárias imediatamente após o nascimento.

O cardiopediatra é o médico responsável por diagnosticar e tratar condições cardíacas em crianças, adolescentes e mesmo adultos que descobrem a cardiopatia congênita mais tarde.

 

Arritmias em pacientes com cardiopatias congênitas

Pacientes com cardiopatias congênitas frequentemente desenvolvem arritmias ao longo da vida. Isso acontece muito nos casos que passam por um tratamento cirúrgico e a alteração no ritmo do coração surge como resposta do organismo à cicatriz gerada no coração, além de algumas alterações do ritmo que são próprias de cada cardiopatia.

Por isso, é essencial que seja realizado um acompanhamento mesmo após anos do controle da doença cardíaca de base. Além das alterações diretamente ligadas à cardiopatia congênita, é possível que outros quadros se desenvolvam e precisam ser manejados por um especialista em arritmias.

 

Tipos de cardiopatias congênitas

Cardiopatias de Hiperfluxo Pulmonar

Esse tipo de cardiopatia congênita é caracterizado pelo aumento do fluxo sanguíneo para os pulmões. Isso sobrecarrega o sistema e traz riscos de danos às estruturas pulmonares. Entre exemplos dessas condições, é possível citar:
Comunicação Interatrial (CIA)
A CIA é uma abertura anormal entre os átrios direito e esquerdo do coração. Isso permite que o sangue oxigenado do lado esquerdo passe para o lado direito, aumentando o volume de sangue que é levado aos pulmões. Os sintomas dessa anomalia incluem cansaço fácil e infecções respiratórias frequentes.
Comunicação Interventricular (CIV)
Já a CIV é uma abertura no septo que separa os ventrículos direito e esquerdo. Essa malformação permite a passagem de sangue entre os ventrículos, também elevando o fluxo sanguíneo que vai ao pulmão e podendo levar a insuficiência cardíaca sem o tratamento adequado.
Defeito do Septo Atrioventricular Total
Nesta condição, há defeitos que afetam o septo entre os átrios e os ventrículos, bem como as valvas cardíacas. É uma malformação comum, por exemplo, em crianças que têm Síndrome de Down, e ela resulta em uma mistura significativa de sangue nas câmaras cardíacas. Isso causa hiperfluxo pulmonar e sobrecarga do coração.

Cardiopatias de Hipofluxo Pulmonar

Esse tipo de cardiopatia é caracterizado pela redução do fluxo de sangue enviado aos pulmões. Isso compromete a oxigenação dos tecidos e tem consequências importantes para o funcionamento do corpo. Alguns exemplos de cardiopatias desta categoria são:
Tetralogia de Fallot
Essa cardiopatia congênita combina quatro malformações cardíacas. São elas:
  • Comunicação interventricular;
  • Estenose pulmonar;
  • Hipertrofia do ventrículo direito;
  • Dextroposição da aorta.
Essa combinação resulta em fluxo reduzido para os pulmões, assim como mistura de sangue oxigenado e não oxigenado. Isso causa, por exemplo, cianose – coloração azul-arroxeada na pele.
Anomalia de Ebstein
Em casos desta cardiopatia, uma válvula chamada tricúspide é implantada em uma posição incomum, abaixo do que deveria, no ventrículo direito. Isso causa refluxo de sangue para o átrio direito, podendo resultar em aumento do tamanho do coração e redução do fluxo sanguíneo para os pulmões.

Se não tratada, a condição pode resultar em baixa oxigenação e insuficiência cardíaca.

Cardiopatias Univentriculares

Esse tipo de cardiopatia ocorre quando apenas um ventrículo do coração se desenvolve de maneira funcional. Isso exige obrigatoriamente adaptações cirúrgicas para garantir que a criança terá a circulação sanguínea adequada. Exemplos incluem:
Hipoplasia do Coração Esquerdo
Essa síndrome leva as estruturas do lado esquerdo do coração a serem subdesenvolvidas. Isso inclui o ventrículo esquerdo, as valvas e a aorta. Sem uma intervenção cirúrgica, essa condição é fatal ainda nos primeiros dias de vida. Ela exige múltiplas cirurgias para redirecionar o fluxo sanguíneo.
Atresia Tricúspide
Nesses casos, há ausência ou fechamento da válvula tricúspide. Isso impede o fluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito, resultando em subdesenvolvimento desse ventrículo. Essa cardiopatia requer múltiplas cirurgias para estabelecer uma circulação eficaz.
Cirurgias de Glenn e Fontan
Esses dois procedimentos são comuns em casos de cardiopatias univentriculares. A cirurgia de Glenn conecta a veia cava superior à artéria pulmonar, algo que direciona o sangue desoxigenado diretamente para os pulmões.

Já a cirurgia de Fontan completa a circulação, conectando a veia cava inferior à circulação pulmonar. Isso permite que o ventrículo único bombeie sangue oxigenado para o corpo, fazendo apenas a função mais “nobre” do coração.

Além do tratamento cirúrgico já descrito, alguns pacientes com corações univentriculares podem ser candidatos a transplante cardíaco ao longo da vida, sendo essencial manter o seguimento regular com o cardiologista pediátrico.
Forame Oval Patente (FOP) em crianças

O forame oval é uma abertura que existe naturalmente entre os átrios direito e esquerdo do coração do feto. Em geral, essa abertura se fecha após o nascimento – e, quando ela permanece aberta, é chamada de Forame Oval Patente, ou FOP. Isso não causa sintomas e o diagnóstico pode ocorrer de forma acidental por meio do ecocardiograma com doppler, que avalia o fluxo sanguíneo entre os átrios. O FOP em crianças não necessita de intervenção ou uso de medicamentos.

É possível que, ao longo da infância, o FOP se feche espontaneamente, mas ele permanece aberto em 25 a 30% da população adulta. Na população adulta pode existir uma indicação de fechamento em casos extremamente selecionados, especialmente no contexto de adulto jovem com acidente vascular cerebral sem outra causa. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente por um cardiologista com experiência em cardiopatias congênitas para a melhor tomada de decisão.

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Dúvidas frequentes sobre cardiopatias

A cardiopatia em bebês pode ter diferentes abordagens dependendo do tipo e gravidade da condição. Muitas cardiopatias congênitas podem ser tratadas com sucesso, levando a uma melhora significativa na qualidade de vida da criança. É essencial que os pais busquem orientação com um cardiopediatra especializado
O tratamento de cardiopatia congênita pode variar conforme o tipo específico da condição e a gravidade dos sintomas. As opções incluem acompanhamento clínico, medicamentos, intervenções cirúrgicas e procedimentos minimamente invasivos via cateterismo.
As complicações da cardiopatia congênita podem incluir insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, problemas de desenvolvimento, infecções e, em casos mais graves, risco de morte súbita. O acompanhamento regular com um cardiopediatra é crucial para monitorar a evolução da condição e minimizar possíveis complicações.

Embora algumas arritmias possam ser consideradas normais, especialmente em recém-nascidos, outras podem indicar um problema subjacente que requer atenção médica. É fundamental que os pais consultem um cardiopediatra para uma avaliação completa se notarem qualquer irregularidade no ritmo cardíaco da criança. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir a saúde cardíaca da criança.

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