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Síndrome de Brugada: o que é, complicações e mais

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Criança usando estetoscópio para ouvir coração de ursinho de pelúcia em consulta pediátrica

A Síndrome de Brugada é uma doença genética. Ela afeta o ritmo cardíaco, algo que fica visível no ECG (eletrocardiograma) e pode levar a arritmias graves e até a morte súbita. Comum em adultos jovens e crianças, ela costuma ser descoberta após eventos cardíacos graves ou durante exames de rotina. 

Entenda abaixo os sintomas da Síndrome de Brugada, como se faz o diagnóstico, a expectativa de vida com Síndrome de Brugada e mais detalhes dessa alteração cardíaca:

Síndrome de Brugada: o que é?

A Síndrome de Brugada é um distúrbio genético que afeta o coração. Isso significa que, devido a alterações genéticas, a maneira como os sinais elétricos são transmitidos ao coração muda. Esse cenário é propício para arritmias ventriculares potencialmente fatais.

Essa condição é normalmente diagnosticada entre 22 a 65 anos, mas existem casos de diagnósticos feitos na adolescência. A incidência da condição varia conforme a população e é mais prevalente em pessoas de origem asiática e do sexo masculino. Por ser genética, essa doença pode ser herdada dos pais, sendo importante a avaliação de filhos de adultos portadores de Síndrome de Brugada.  

Em geral, ela é diagnosticada com o exame de eletrocardiograma (ECG), que revela os padrões característicos dessa doença. Ocasionalmente exames adicionais podem ser necessários para  desmascarar o padrão clássico de Brugada.  Não existe cura para a Síndrome de Brugada, mas orientações corretas ajudam a reduzir os riscos que ela potencializa, trazendo bem-estar e qualidade de vida ao paciente como tratamento agressivo de febre e evitar o uso de certos medicamentos.  Em casos específicos pode ser necessário o implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI) e uso de medicações antiarrítmicas. 

Síndrome de Brugada: sintomas

Os sintomas da Síndrome de Brugada variam de paciente para paciente. Em alguns casos, a condição pode inclusive ser assintomática, sendo descoberta apenas quando há alguma complicação associada ou exames de rotina. Quando há sintomas, porém, eles podem incluir:

  • Síncope (desmaio);
  • Palpitações e batimentos cardíacos irregulares;
  • Respiração noturna agônica; 
  • Parada cardíaca súbita, principalmente durante o sono. 

 

Esses sintomas podem ser desencadeados após uma situação específica. Entre elas, estão o consumo de álcool, episódios de febre e o consumo de certos medicamentos. Se houver suspeita da doença ou se algum familiar tiver esse diagnóstico, é fundamental buscar um cardiologista – ou, no caso de crianças, um arritmologista infanil – para a devida avaliação.

Síndrome de Brugada: expectativa de vida e tratamento

A expectativa de vida com Síndrome de Brugada – ou seja, como e quanto uma pessoa diagnosticada com a condição vive – depende da estratificação de risco e do acompanhamento médico adequado. Pacientes que não têm sintomas podem levar uma vida relativamente normal desde que não deixem de lado as consultas médicas periódicas e orientações feitas pelo médico. 

o manejo para essa doença varia de acordo com o risco que a pessoa tem de sofrer complicações. É possível, por exemplo, citar as seguintes medidas:

Monitoramento constante e mudanças no estilo de vida

Pacientes que não apresentam sintomas não precisam necessariamente de uma intervenção imediata. Convém, no entanto, manter acompanhamento médico periódico, os exames em dia e um estilo de vida saudável que evite fatores desencadeantes como febre alta ou o uso de certos medicamentos.

As melhores orientações quanto à prevenção vêm do médico cardiologista e variam de acordo com as particularidades de cada paciente.

Uso de desfibrilador implantável (CDI)

Em casos nos quais o paciente é considerado de alto risco, pode se implantar um dispositivo chamado CDI. Esse equipamento previne a morte súbita e ajuda a corrigir arritmias perigosas.

Uso de medicamentos

Alguns remédios como a quinidina ajudam a reduzir o risco de arritmias ventriculares graves. A administração de medicamentos, porém, fica por conta do médico cardiologista – e, em caso de crianças, do cardiopediatra.

Tem dúvidas sobre o tema ou busca um pediatra cardiologista para acompanhar seu filho? Então não deixe de entrar em contato e agendar sua consulta para que possamos traçar o melhor plano de acompanhamento possível!

Mais sobre Síndrome de Brugada

Como diagnosticar Síndrome de Brugada?

O diagnóstico dessa doença ocorre com o exame de eletrocardiograma, ou ECG. Ele mostra padrões elétricos anormais que são característicos dessa doença. Em alguns casos, testes farmacológicos podem ser realizados para induzir a manifestação dessas alterações e, assim, fechar o diagnóstico mesmo em pacientes assintomáticos.

O tratamento dessa doença varia de acordo com a gravidade do quadro. Pacientes com antecedente  de arritmias graves, por exemplo, podem se beneficiar de um desfibrilador implantável. O CDI previne arritmias fatais e pode ser de grande ajuda para melhorar a expectativa e a qualidade de vida do paciente.

 Além disso, mudanças no estilo de vida para prevenir gatilhos da doença – como episódios de febre, por exemplo – também são essenciais.

O profissional indicado para diagnosticar e tratar essa doença é o arritmologista. No caso do paciente ser uma criança ou um jovem, pode ser mais indicado consultar um pediatra cardiologista com especialização em arritmia, especialmente um com vasto conhecimento em arritmias hereditárias.